A professora traz à tona a analogia de Boris Schnaiderman entre o tradutor e o caleidoscópio, objeto ótico que, segundo a movimentação, apresenta combinações variadas resultando em distintos efeitos visuais.
“O caleidoscópio é o conjunto de tarefas, atividades, problemas e questões que o tradutor enfrenta quando ele está fazendo o trabalho de tradução. A tradução é algo fugidio, provisório, e que tem a ver com a linguagem”, explicou.
Existe uma relação da tradução com o conhecimento, como ela preconiza. Daí a importância de se falar sobre tradução na atualidade. A tradução está presente tanto nas reflexões culturais a partir da língua de um país como na produção de conhecimento científico.
“Tradução e conhecimento é um campo fundamental de pesquisa. Se você observa o processo do nascimento da pesquisa na Europa, você não pode se esquecer do papel da tradução que trouxe para o latim o conhecimento dos árabes sobre matemática, geometria”, revela.
Além disso, a professora também comentou como sua compreensão de tradução é marcada por sua trajetória de vida. “Hoje, sei que o meu interesse para com a tradução está diretamente relacionado às minhas experiências de vida, onde tive oportunidade de aprender, muito cedo, várias línguas que guardo comigo na minha vida atual”.
Seu trabalho como poeta também espelha o processo criativo em consonância com a tradução. Por fim, concluiu que “Tradução é uma intervenção sobre a linguagem”. Assista a entrevista clicando no vídeo!
por Sara Lelis
Em entrevista ao programa Diálogos da UnB TV, a profa. Ana Rossi, do departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução (LET), junto ao grupo de pesquisa Walter Benjamin: tradução, linguagem e experiência divulgou o resultado de anos de trabalho nas aulas de teoria e prática de tradução, assim como em orientações na Universidade de Brasília.