Em entrevista ao grupo Epistemologia do Romance, a prof. Dra. Seloua Luste Boulbina, da Universidade de Paris 7, na França, disse ao prof. Dr. Wilton Barroso Filho que quando se pensa em decolonização. é preciso “ter um olhar histórico sobre si mesmo, não apenas sobre as coisas”.
Boulbina também afirmou que esse olhar para além da história tradicional pode ser fomentado pela Literatura e não está sincronizada com a história contemporânea.
Para a pesquisadora, um romancista “mostra as coisa entranhadas em seu interior porque inventou seus personagens “. Dentre autores citados, Seloua destaca, numa relação de comparatismo, Albert Camus e Machado de Assis.
Nesse sentido, o tempo presente seria o terreno epistemológico próprio para a construção de um pensamento, de um diagnóstico acerca da sociedade e do mundo. “O presente é o movimento, o passado é fixo assim como o próprio futuro.”
Seloua Luste Boulbina esteve na Universidade de Brasília (UnB) em julho de 2018 para ministrar o Seminário Avançado em Teoria da Literatura I, em língua francesa, além de um curso sobre a história da decolonização. Na ocasião, concedeu a entrevista ao grupo.
Confira a íntegra clicando no vídeo!